terça-feira, 28 de junho de 2011

"Drogas na adolescência: a importância da presença masculina"

A figura paterna é que carrega a maior responsabilidade
O papel do casal na criação dos filhos é de igual importância para os dois. Contudo, quando o assunto envolve drogas, podemos dizer que recai sobre a presença paterna a maior parte da responsabilidade. “O pai é aquele que introduz a lei, as regras da sociedade, de convívio, aquele que coloca o limite em relação ao próprio prazer. O pai é muito importante para que o jovem passe a incorporar os ‘não’ da vida”, afirma o psicólogo Wagner Abril Souto, responsável pelo grupo de jovens do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), em São Paulo. Essa relação se refere tanto ao filho homem quanto à filha mulher.

A maioria dos adolescentes que se envolvem com drogas, porém, é do sexo masculino. “Em relação aos garotos, nós podemos falar mais da figura paterna como modelo de identificação, como aquele que vai apresentar as regras e normas de convívio, o que é certo e errado”, diz Souto. Há uma explicação para esse fenômeno. Em um levantamento realizado pelo Cratod, somente um terço dos adolescentes atendidos do sexo masculino convivia com os pais, e mesmo para esses garotos, o contato não era muito próximo, ou seja, os pais deles eram presentes fisicamente, mas ausentes afetivamente.

Caso agravante

Nas favelas, esse complicador se agrava. O Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Escola Paulista de Medicina, tem um trabalho de tese nas favelas de São Paulo, que procura relacionar a família com o uso de drogas. “Nem sempre a figura paterna é presente, se tem muito mais a mãe. Ela tem uma influência muito maior do que na classe média, por exemplo. Há uma dinâmica muito curiosa nas favelas do Brasil, o pai sai de casa para tentar arrumar uma condição de vida melhor para aquela família e fora de casa ele faz um segundo relacionamento, então, a mulher fica sozinha com o filho”, aponta o diretor do Cebrid, Elisaldo Luiz Carlini.

Para essa situação, o filho de mãe solteira, seja por morte ou abandono, tende a se identificar, por exemplo, com o traficante ou amigo que pertença ao grupo de usuários, pessoas que tem o consumo de drogas como valor positivo na vida, ou com o novo companheiro da mãe. Contudo, o padrasto, assim como o pai fez anteriormente, também pode vir a abandonar a família. De acordo com Carlini, a presença do padrasto nem sempre é tão segura. “Quando a mulher arruma um segundo companheiro e possivelmente, um segundo filho, a mesma história se repete. Então, essa mulher é a grande heroína da família nas regiões onde o recurso é muito pouco”, destaca.

Souto endossa a gravidade da ausência masculina e paterna, no caso das mães solteiras. “O menino vai ter que se identificar com o sexo semelhante ao dele para construir identidade, não só sexual, mas masculina, o que é e como ser homem no mundo. E ele, não vai poder se espelhar na mulher, terá que se diferenciar mesmo”, diz o psicólogo, acrescentando que outra figura masculina presente e adequada como um avô, um tio ou um professor, pode ter a oportunidade de ajudar o menino a desenvolver uma identidade através dessa relação. Caso contrário, o filho vai construir o modelo de identificação fora de casa.

Fonte

terça-feira, 14 de junho de 2011

Cultura & Lazer:

Animação para a garotada, e uma história de amor não muito romântica para os adultos estão entre os lançamentos nos cinemas
Na semana do Dia dos Namorados, esperava-se alguns títulos de comédias românticas em cartaz. Não aconteceu. Uma história de um casamento em vias de acabar pode não ser algo tão alegre, mas um panda guloso e mestre em artes marciais promete diversão para compensar um pouco.

“Namorados para Sempre” é a história de Cindy e Dean, um casal cuja relação não vai muito bem. Começam, tarde demais, a avaliar os caminhos que os levaram até ali e como podem resolver suas vidas, ao lado da filhinha Frankie. Vale pela interpretação cheia de cumplicidade (ao contrário do casal de personagens) de dois dos melhores jovens atores do momento: Ryan Gosling (“Diário de uma
Paixão”) e Michelle Williams (da série “Dawson’s Creek”).
“Kung Fu Panda 2” (foto) traz de volta o guloso Po,
agora um guerreiro respeitável (ainda que atrapalhado)
entre os Cinco Furiosos, protegendo o Vale da Paz.
 É aí que surge o vilão Lord Shen, com uma máquina de
 guerra para conquistar a China e destruir de vez o Kung Fu.









terça-feira, 7 de junho de 2011

Cultura: Brasil em Wolverine

Novo filme americano pode ter direção de José Padilha

O diretor José Padilha é um dos nomes na lista de candidatos à direção do filme “Wolverine 2”, de acordo com informações do site da revista Variety. Segundo a publicação, o cineasta brasileiro - famoso e premiado pela série de longas “Tropa de Elite” - está na lista de opções da 20th Century Fox para substituir Darren Aronofsky, que abandonou a direção deste longa-metragem.
Padilha é um dos oito cineastas cotados para assumir a direção do novo filme Wolverine. A nova produção da Marvel seria dirigida por Aronofsky, de “Cisne Negro”, que deixou o projeto alegando motivos pessoais. O brasileiro estaria concorrendo com Antoine Fuqua, de “Dia de Treinamento”, Justin Lin, de “Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio” e Doug Liman, de “Sr. e Sra. Smith”, entre outros.

Estreia em 2012

Esse novo longa-metragem sobre Wolverine tem estreia prevista para 2012, mas ainda encontra problemas pela saída de Aronofsky e por ter parte de sua história passada no Japão, que não poderá receber as filmagens tão cedo devido ao desastre natural ocorrido no começo deste ano.

O diretor José Padilha é um dos nomes na lista de candidatos à direção do filme “Wolverine 2”, de acordo com informações do site da revista Variety. Segundo a publicação, o cineasta brasileiro - famoso e premiado pela série de longas “Tropa de Elite” - está na lista de opções da 20th Century Fox para substituir Darren Aronofsky, que abandonou a direção deste longa-metragem.

Padilha é um dos oito cineastas cotados para assumir a direção do novo filme Wolverine. A nova produção da Marvel seria dirigida por Aronofsky, de “Cisne Negro”, que deixou o projeto alegando motivos pessoais. O brasileiro estaria concorrendo com Antoine Fuqua, de “Dia de Treinamento”, Justin Lin, de “Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio” e Doug Liman, de “Sr. e Sra. Smith”, entre outros.

Agência Unipress Internacional

sexta-feira, 3 de junho de 2011

3 é D +

Um lar para o casal projetado em múltiplos de três

O loft 3 é D+ foi todo projetado para ser o lugar ideal de um casal moderno e antenado, que busca tornar a vida mais agradável em meio à metrópole.

A ideia principal da arquiteta Ana Rita Sousa e Silva foi mostrar, assim como no velho ditado, que um é pouco, dois é bom e três é demais. Apesar de o loft ter sido construído para um casal, as composições em seus ambientes são todas múltiplas de três. O cubo, de 81 metros quadrados e pé-direito de 3 metros de altura é dividido em três setores, integrados com três ambientes cada.

No setor central, atrás do hall de entrada, há o banheiro isolado por duas paredes que separam os outros setores. Logo atrás, vem um jardim interno que também dá vista para a sala de estar e para o escritório. Do lado direito, em um único ambiente, encontram-se o closet, o dormitório e o escritório. A sala de estar, a cozinha e a sala de jantar encontram-se do lado esquerdo e formam o terceiro setor integrado.

Luz e cores
faixa linear de vidro na parte inferior da casa dá lugar às janelas do loft. As persianas são automatizadas e controladas pela quantidade de luz solar, com uma programação de cenários que acende ou apaga automaticamente conforme o período do dia para que não haja desperdício de energia.

O forro dos dois setores laterais é revestido com uma textura que imita madeira. Os tons de bege e cinza, além das madeiras, foram priorizados para sustentar a sensação de aconchego ao ambiente.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O QUARTO PODER

Filme mostra a responsabilidade dos profissionais de comunicação ao apresentar exemplos de jornalistas que ferem a ética em busca de um furo de reportagem

As sociedades costumam ser constituídas por três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Em alusão a isso, o filme “O quarto poder” leva o espectador a refletir sobre a existência de outro “poder”, capaz de exercer uma forte influência sobre a formação da opinião das pessoas a respeito de algo: o da imprensa.

A trama se passa em uma cidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e conta a história de Max Brackett (Dustin Hoffman), um repórter de televisão que já foi um profissional respeitado em uma grande emissora, mas que vive um período complicado, em que só faz coberturas sem importância.

Em uma ocasião, enquanto Brackett fazia uma matéria num museu de história natural, ele testemunha um segurança do local, Sam Baily (John Travolta), que foi demitido, pedir seu emprego de volta. Não conseguindo ser atendido, o desempregado passa a ameaçar a diretora da instituição com uma espingarda e, acidentalmente, efetua um disparo, ferindo outro segurança, seu colega de trabalho.

Desesperado com a situação, Baily faz como refém um grupo de crianças que visitavam o museu. Diante daquela circunstância, o jornalista, que vive dias de anonimato, vê ali uma grande oportunidade de fazer a reportagem da sua vida. Ele procura convencer o segurança a lhe dar uma cobertura exclusiva para o caso, prometendo, em troca, comover a opinião pública com a triste história do guarda desempregado.

Pela televisão, em poucos instantes, a vida de Baily, que só queria o seu emprego de volta, começa a atrair a atenção das pessoas em todo o país. Totalmente envolvido com aquilo, motivado pela possibilidade de se projetar e voltar à evidência, Brackett chega até a atuar como negociador do sequestro. No entanto, nem tudo termina como ele planejou, em virtude da manipulação e do sensacionalismo criado em cima do caso.

O “quarto poder”, disponível em DVD, é um filme que, acima de tudo, nos mostra o peso da responsabilidade dos profissionais de comunicação, ao apresentar exemplos de jornalistas que ferem a ética em busca de um furo de reportagem, apenas em nome da audiência.