segunda-feira, 2 de julho de 2012

Muita proteção familiar pode criar pessoas acomodadas








Apontar falhas nem sempre ajuda, pois pode ser uma codependência.









Ficar o dia inteiro no sofá, deixar de procurar emprego, depender financeiramente dos pais na vida adulta ou contar sempre com a ajuda dos filhos. A falta de atitudes ou de ânimo para fazer algo por si está ligada ao modo de criação. Segundo a psicóloga Laís Novaes, é por isso que muitos têm dificuldades em tomar decisões. “O excesso de proteção pela família faz com que o indivíduo recue e acomode-se. A zona de conforto é muito melhor do que enfrentar o medo da vida.” Além da proteção exagerada da família, há outros fatores que também colaboram para que o comodismo aconteça.
“A falta de amor próprio e de confiança fazem com que o indivíduo fique com medo. Além disso, pedir opinião dos outros pode ajudar, porém, corremos o risco de ficarmos mais confusos”, salienta Laís. Ela ressalta também que a atitude de “dar o peixe sem ensinar a pescar” é muito comum no contexto familiar. “Porém, apontar falhas nem sempre ajuda, pois pode ser uma codependência.” Como ajudar um familiar a sair do comodismo?
A psicóloga enfatiza que não é sempre que as pessoas desejam ser ajudadas e, por isso, não é possível auxiliá-las de fato. “Primeiramente é preciso que o indivíduo queira ser auxiliado por alguém. Ele deve desejar a mudança, caso contrário, não há como ajudá-lo.” Mas, se sinalizar que almeja ser amparado, isso deve ser levado em consideração e a atenção ser total. “Quando procura ajuda, seja profissional ou qualquer outra, sempre digo que é 80% de obtenção de sucesso em sua busca”, finaliza Laís.

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