quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Viver a dois também é aprender com o erro do outro




No fundo todos temos a nossa autoavaliação, sabemos o que é errado, por isso, só conseguimos mudar aquilo que incomodar de forma real. 







Quando duas pessoas se casam, sempre um pega algumas manias do outro. Um passa a ser mais atento, o outro pode se tornar mais cuidadoso, enfim, é natural que aconteça a troca de características. Mas, além de tudo isso, é possível aprender a ser alguém melhor somente observando e avaliando as atitudes do companheiro. 

Porém, para que isso aconteça, primeiro é preciso estar aberto para o aprendizado. “O princípio de tudo é ser realmente aberto para aprender. Se a pessoa é egocêntrica, acaba nunca aprendendo com seus próprios erros e com os erros do companheiro”, é o que afirma a psicóloga Débora Cristina de Macedo Jorge.
 E isso acontece naturalmente quando a pessoa consegue estar sensível ao erro. “Começa a perceber o erro do outro e a trazer para si. Dessa forma, há o pensamento de que deve prestar atenção naquilo para não cometer a mesma falha. Mesmo assim corre o risco de fazer a mesma coisa mais adiante.” 

 A capacidade de avaliação 

Nesse aprendizado com o outro é importante também saber respeitar o que é diferente de si, seus princípios familiares e as influências culturais. “Tem que avaliar se aquela atitude é errada mesmo ou se é somente diferente daquela que você teria”, explica a psicóloga. 

 Essa avaliação pode ser o início de uma mudança de postura e até mesmo de pensamento. “Porém, só haverá real transformação se houver conscientização de que aquilo é realmente errado. Se for somente uma pequena alteração de atitude, por causa de uma opinião do outro, raramente a pessoa consegue mudar seu jeito, pois só conseguimos modificar aquilo que realmente nos incomoda”, ressalta Débora. 

 Ela finaliza dizendo que todo ser humano é capaz de se autoavaliar. “No fundo todos temos a nossa autoavaliação, sabemos o que é errado, por isso, só conseguimos mudar aquilo que incomodar de forma real. A não ser que a pessoa viva algo que ela não é, somente para agradar o outro, se anulando e não desejando mudança efetiva.”

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